Conversa de café: Filmes ou jogos?

14 setembro 2015 Falando de Jogos
donna rita - conversa de café - filmes ou jogos

Hoje tirei o dia para jogar o meu antigo “Metal Gear III: Snake Eater” – o nome pode parecer suspeito e causar um certo frio na espinha de Bolsonaro e para quem não conhece a franquia, mas garanto que não é nada demais. Que jogo excelente!. Lindo e com uma história de espionagem muito bem bolada em plena guerra fria. O melhor da franquia diga-se de passagem.
Algumas pessoas detestam, afirmando que passam mais tempo assistindo do que jogando, e eu digo que é verdade. E a jogabilidade não é das melhores, diria que é um “sacrifício”  do jogo para contar a história.
Logo depois de terminar a minha sessão matutina, fiz uma nota mental. Pensei nos jogos em outros jogos que  me cativam pela história.
O que todos têm em comum são as histórias são sempre excelentes, mas jogabilidade nem sempre é a melhor, e as vezes passa longe disso. Porém, todos se qualificam pelos enredos cinematográficos. Dignos dos melhores filmes de Holywood. Vai dizer que GTA V não tem um enredo de ação melhor do que muito blockbuster?
Aí vem o grande questionamento. Ao qual me propus quando decidi escrever esta humilde postagem: Um jogo pode contar um história melhor que um filme? Polêmica. Momento José Luis Datena aqui nesse humilde blog.
Na minha humilde opinião fecal, sim. Em grande parte das vezes.
Principalmente por causa do fator interação. O jogo consegue ser mais interativo e por isso é muito mais fácil comprar a ideia do “mundinho”, é mais fácil mergulhar de cabeça no enredo e por lá se perder durante horas.

Por exemplo, o novo game “Until Dawn” seria um filme muito ruim, digno daqueles filmes de jovens irresponsáveis que se isolam em uma cabana em um lugar terrível, onde ninguém jamais estaria. Bem aqueles enlatados ao melhor estilo Syfy.  Mas, é um excelente game por causa da interação. O jogador é transportado para dentro do game, onde cada escolha tem um efeito diferente, o famoso efeito borboleta.

Conseguiu pegar a ideia? Um filme que seria ruim, “b” no mínimo, se transformou em um jogo muito bom.

donna rita - conversa de café - filmes ou jogos

Outro jogo que vale mais do que muito filme por aí é Silent Hill II, e nesse caso cabe até uma comparação. O filme mistura um pouco a história do primeiro o do segundo jogo da franquia, e consegue ser bom. Para ser honesto, uma das melhores adaptações de jogos para o cinema. Só não consegue ser melhor que a adaptação de Super Mario nos anos 90…. Sacanagem, o filme do Bob Hoskins consegue ser uma merda sem limites…

Silent Hill II consegue ter um enredo infinitamente melhor, denso, pesado, cheio de questões extremamente adultas, o que só seria possível nos games. Só o fato de ele ser assombrado pelo espírito da esposa que ele matou por não aguentar mais conviver com a doença degenerativa dela. O jogador passa grande parte do jogo vivendo com esse sentimento de raiva e empatia por James Sunderland. Joga lá, é só ter um pouco de paciência com os gráficos e a jogabilidade.

Putz, é maduro e corajoso demais para colocar em um enlatado hollywodyano. O filme não trás metade desse peso, talvez se trouxesse não faria o mesmo sucesso. Sabe como é.

Sem falar da crise de criatividade do cinema, onde há muito remake ruim espalhado para todo o lado é só dar uma olhadinha no novo “Vingador do Futuro”, ou até mesmo o “Robocop” do Padilha.

Ou seja, em algumas vezes jogar um bom game pode ser mais recompensador do que assistir algum filme. Apesar de a indústria de games ainda estar longe de reproduzir a experiência de ir ao cinema. E video game não é apenas “coisa de criança” como dizem por aí, às vezes está bem longe disso.

Bjss, abraços, e aperto de mão….

Esse foi mais um post do Sr.Marido que escreveu e saiu correndo decidir sobre o futuro de alguns jovens incautos…

OBS* A intenção desse post é apenas de abrir um discussão. Participe, mande sua opinião.

OBS** Esse não é um post patrocinado, mas se você se interessou pelos jogos compre clicando no nome dos jogos e ajude a comprar o leitinho dos gatos dessa casa… rrsr

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6 Comentários

  • tem muito jogo melhor que filme sim, concordo. Me veio na mente "heavy rain". O jogo te envolve muito mais (inclusive em cenas tensas eu não consigo jogar e fico tremendo o controle que nem uma tonta hsuahsau). Gosto muito de filmes, mas pra mim jogos e livros vem na frente 😛

  • Heavy Rain, joguei bastante.. Colocava a dublagem em português ainda, era sensacional.
    Sem dúvida, uma das melhores histórias…Só fiquei com a impressão de ter feito a pior final de todos
    Bjss

  • E pra terminar, a questão dos filmes. Bem, por mais que Silent Hill, GTA, Metal Gear e afins tenham um roteiro FODA, em minha opinião, ainda não se igualam a um bom filme. O X da questão aí é a forma que a maioria dos jogos ainda usa pra narrar suas histórias, através das cenas de corte. Ou seja, como o próprio jogo do Kojima que foi citado, a história não é incorporada à jogabilidade, ela depende de cutscenes para se desenvolver e isso quebra o ritmo da narrativa, fragmentando a experiência. Felizmente outros jogos são exceção e incorporam naturalmente os diálogos e linhas de texto à jogabilidade, como a série Half Life ou Bioshock. E como você frisou, a indústria do video game está longe de reproduzir a experiência do cinema. Felizmente, afinal as duas são mídias distintas, não cabendo a uma se igualar a outra.

    E pra terminar de vez, outro ponto que acho importante discutir é essa dita falta de criatividade no cinema. Ok, eu entendo que você se referia a Hollywood, mas essa é uma generalização que cai no lugar comum do mesmo jeito que afirmar que a indústria dos quadrinhos se resume aos super herois. Muitas vezes ambas mídias, gigantescas e prolíferas em todo o mundo, são resumidas assim: HQ's são DC e Marvel e cinema é Hollywood. Pra achar obras diferentes e um cinema que não é só feito de remakes e continuações nem precisa ir muito longe. Nossos hermanos ali da Argentina fazem um filme melhor que o outro a cada ano. Se ainda não viu, recomendo o Segredo dos Seus Olhos (que até levou Oscar) e Relatos Selvagens, só pra começar. Inclusive, o cara que fez a trilha sonora desse Relatos é o mesmo que fez a do The Last of Us, um argentino filho da puta de bom! Mas o próprio cinema americano tem uns caras que fogem à regra e passam longe dos filmes manjados. O Scorsese, Tarantino, Woody Allen, Coppola e por aí vai…

  • Agora comentando sobre o resto: Bem, eu acho injusto dizer que a jogabilidade do Metal Gear não é das melhores e que encará-la seria um sacrifício em prol da história. O jogo é um stealth e como tal tem uma jogabilidade adequada ao gênero. Aliás, acho bem questionável esse papo de uma história boa sustentar uma jogabilidade ruim, afinal, por mais que um roteiro de um jogo seja FODA, ainda trata-se de um jogo, então o elemento principal é a jogabilidade.

    Lembro-me quando joguei o Indigo Prophecy, um predecessor espiritual do tão falado Heavy Rain. Infelizmente ele tem um fiapo de jogabilidade, baseado totalmente em QTE's, mas no início nem me importei, por causa da história que estava sensacional. Mas no decorrer da experiência o roteiro foi se perdendo em conceitos místicos, espíritos mais (ou incas, ou incas venusianos, já não lembro) e no derradeiro final tudo descambou numa batalha estilo Dragon Ball. Isso em um jogo que começou como um puta suspense policial. E era frustrante nas partes das lutas ter que repetir à exaustão um sequência pré determinada de botões. Eu queria sentir que estava numa batalha, mas a mecânica não me permitia. Ou seja, se ao menos a jogabilidade fosse boa algo se salvaria.

    Já num outro extremo, podemos citar como exemplos jogos que se baseiam inteiramente em suas mecânicas e jogabilidade., como Mario. Super Mario Galaxy é uma obra prima, melhor jogo da história de acordo o Game Rankings e qual a história dele? A porra da princesa foi raptada e precisa ser salva. A jogabilidade que faz tudo aqui.

  • Opa, em primeiro lugar parabéns por lembrar de Silent Hill 2, esse jogo é foda! Tem realmente uma história incrível, cheia de metáforas e significados ocultos. Mas quanto a isso, cabe uma observação: O James não passa o jogo assombrado pelo espírito da esposa morta porque ele simplesmente não se lembra de a ter matado. Só no final do jogo ele se dá conta disso. Tudo que cruza o caminho dele é criado em cima das experiências passadas dele e certas frustrações, sendo a maioria de cunho sexual. Por isso existe aquele monstro que não tem corpo em si, tendo só 4 pernas. Como as enfermeiras, que representar o período que o rapaz ia estava na seca, ia visitar a mulher dele e ficava atiçado vendo as funcionárias do hospital… :p

  • Grande Gabriel…. Desculpe o atraso nas repostas…

    Pensando bem, depois de ler suas opiniões, concordo com vc em muita coisa. Realmente, os games jamais substituirão a experiência do cinema: é só pensar em qualquer filme do Tarantino visto no cinema, um game jamais poderia reproduzir essa experiência.

    O final de Indigo Prophecy é cagado demais. Senão me engano tem uma relação com os sacrifícios da cultura maia, e aquele combate no estilo Dragon Ball foi brochante…

    Concordo que o argentino filho da puta responsável pela trilha sonora de The Last of us é foda, ele me fez entrar naquele mundinho medonho…

    Acredito que um dia os games não precisarão mais das "cut scenes" para trabalhar melhor a imersão do enredo…

    Eu só discordo de vc em relação a jogabilidade de Metal Gear. Gosto muito, mas ainda sim acho ruim, até mesmo pra época… rsrsrsr

    Garoto…. Volte sempre som essas opiniões super bacanas…. kkk

    Abraçoss


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