E a Bienal 2016 rendeu mais algumas comprinhas…
Queridos e queridas.
Deixando um pouco de lado todo o humor nonsense do “Guia do Mochileiro das Galáxias” e “Agências de Investigações Holísticas Dirk Gently”, decidi abordar hoje o mundo sombrio, amargo, e até certo ponto pestilento, de Neil Gaiman. Ás vezes fico um pouco incomodado com as suas obras.
Há muito tempo atrás escrevi aqui uma resenha sobre os “Deuses Americanos” – que você pode conferir clicando aqui -,, livro que me cativou por todo o conteúdo místico. Na verdade, já conhecia a escrita de Gaiman através de alguns contos do “Sandman”, mas foi algo diferente, me pegou de jeito. Não sei muito bem descrever o sentimento, acredito que esse ar sombrio e a forma como ele trata as divindades antigas me interessou muito. Gostei da ideia de ter diversas divindades andando por aí, transeuntes entre todos nós.
Passeando pelos estandes da Bienal 2016 – sem muitas pessoas ao redor, o que torna tudo menos claustrofóbico para minha pessoa -, depois de ter passado pela “Saraiva” fazendo algumas cotações de valores, dei de cara com a “Intrínseca”. Entrei por osmose, meio sem interesse confesso, estava focado em conseguir achar uma edição do “2001, uma odisseia no espaço”. Entrei mais porque Donna Rita estava a procura de alguns livros da saga da “Srta Peregrine”.
Foi então que as linhas do destino traçaram o meu caminho até uma prateleira, recheada com diversas obras de Neil Gaiman. Para ser sincero, conhecia somente alguns de nome, mas o que mais me chamou a atenção foi todo o trabalho artístico realizado na edição dos livros – esse é um dos motivos que criam em mim uma resistência em aceitar livros digitais. “Lugar Nenhum” e “Os Filhos de Anansi”.
Além da qualidade da edição, a sinopse me cativou. A história traz um jovem chamado Richard Mayhem que deixou de existir para o mundo real após ajudar uma garota ferida na rua. O enredo traz ainda uma Londres que existe embaixo da Londres tradicional que conhecemos, na hora acabei fazendo uma associação ao mundo invertido encontrado no excelente “Stranger Things“. Fui fisgado por uma memória boa.
“Os Filhos de Anansi” traz algo diferente da narrativa de Gaiman. A obra ainda é carregada do velho e bom teor místico, mas traz também algo de humor. Uma comédia estabelecida em seu mundo sombrio. O que me deixou extremamente interessado é o fato do autor trabalhar com divindades da mitologia africana, o que não é muito comum. Eu pelo menos não encontro por aí muitas obras que abordam essa temática. Não tive outra opção a não ser comprar.
É muita coisa para ler, e infelizmente o tempo é muito curto. E nesse meio tempo eu fico instigado com vontade de ler todos eles ao mesmo tempo. Essas foram algumas das comprinhas dessa Bienal 2016, ainda tem muita coisa boa para falar por aqui.
Farei algumas resenhas conforme eu for lendo essas minhas preciosidades…
Fico por aqui, deixando vocês por aí…
Bjoss e abraçoss…