Ei, Senhor Marido!
Que legal que quebrou essa barreira e descobriu Sherlock 😀
Por aqui, infância/adolescência baseada na obra toda; devorei um atrás do outro (preciso reler, aliás).
Dá uma chance pra Agatha, também 😉
No ano passado me encontrava um pouco saturado em relação a literatura. Precisava de um livro que me mostrasse algo diferente. Já tinha lido os que mais me interessava. Sempre fui muito fã de literatura fantástica, ficção científica, e livros de horror sempre estiveram entre os meus favoritos. Mas eu me sentia devendo em relação a um gênero específico. Nunca dei a devida importância para romances policiais. E, como consequência, havia cometido o erro de ignorar Sherlock Holmes.
Até tentei ler alguma coisa de Agatha Christie na minha juventude, no entanto não deu. Cheguei a conclusão de que não estava preparado ainda para aquele tipo de literatura. Todas aquelas peças se juntando para formar um quebra cabeças nas mãos do protagonistas nunca fizeram muito sentido pra mim. Deixo bem claro aqui que o errado sempre fui eu, nada contra o gênero.
Devorei diversos livros de ficção e demais gêneros, porém no fundo me encontrava em dívida comigo mesmo e com um tal de Sherlock Holmes. Óbvio que conhecia o personagem por diversas outras mídias, mas nunca por um livro. Guardei comigo, não sabendo muito bem o porque, aquela imagem de personagens rasos e estereotipados.
Elementar, eu estava errado mais uma vez.
Foi então que em um podcast do Tarjanerd – o sobre detetives do mundo pop, para ser mais exato – um cast de divulgação do livro “A cabeça do Embaixador” de Raul Martins – o maior tarjacaster de todos os tempos – que me aguçou a minha vontade. Já era hora de pagar as dívidas para com a literatura e colocar os pingos nos “is”.
Ouça o podcast clicando aqui.
Se a vontade surgiu no podcast, foi na Bienal do livro que surgiu a oportunidade.
A oportunidade surgiu em forma de um box de Sherlock Holmes pela editora Novo Século: “O Elementar de Sherlock Holmes”. Livros de ótima qualidade por preços acessíveis, era o momento certo para adentrar o fantástico mundo dos romances policiais do século XIX. O box é composto por quatro grandes histórias: Um Estudo em vermelho, O Signo dos quatro, O cão dos Baskerville e o Vale do medo.
Comecei pelo Cão dos Baskerville. Não sei muito bem os motivos que me levaram a começar por esse. Fiquei impressionado com a capacidade de Arthur Conan Doyle de conduzir o leitor para qualquer caminho que ele desejasse. Me senti nas mãos do autor, jogado de um lado para o outro sem ao menos desconfiar do desfecho. Uma experiência espetacular que me fez devorar o livro em poucos dias. Três para ser mais exato.
Senti uma necessidade de seguir em frente.
O segundo que li – e que na verdade deveria ter sido o primeiro, pois é a primeira obra de fato – foi Um estudo em vermelho. O interessante desse livro é o capítulo numero dois denominado Ciência da dedução onde Sherlock Holmes lança a base teórica de seus métodos de resolução de mistérios, métodos puramente científicos. Aqui o personagem é introduzido e ainda aparenta estar longe da figura lendária em seu universo estabelecido.
O segundo que li – e que na verdade deveria ter sido o primeiro, pois é a primeira obra de fato – foi Um estudo em vermelho. O interessante desse livro é o capítulo numero dois denominado Ciência da dedução onde Sherlock Holmes lança a base teórica de seus métodos de resolução de mistérios, métodos puramente científicos. Aqui o personagem é introduzido e ainda aparenta estar longe da figura lendária em seu universo estabelecido.
Já estou no terceiro livro e terrivelmente ansioso para acompanhar mais obras.
Em suma, quebrei um preconceito bobo de minha parte e abri um leque, expandi meus horizontes, no mundo da literatura. Me privei durante muito tempo de algo que gostava, e nem desconfiava disso.
Quem me dera ter começado com os romances policiais mais cedo. Sem sombra de dúvidas, um estilo literário fascinante. E não preciso nem dizer:
Elementar, todo preconceito é um forma boba de se privar de algo.
Um abraço, um beijo e um queijo.
ScolAstika’S Crochê
Em 22.01.2019