Livre de Spoilers…
Querido leitor….
Hoje vim para tomar um cafézinho e falar de uma excelente experiência cinematográfica que tive por esses dias. Aliás, no dia do meu aniversário para ser mais exato. Não estava apostando muito, por isso fui assistir em uma segunda feira mesmo, aproveitei que era mais barato também. Estava meio desconfiado de início porque as últimas “revisitações” de antigas franquias foram horríveis. Oras, é só dar uma olhada no mais novo Duro de Matar, mais para duro de assistir…
Fui… Mergulhei de cabeça na loucura, no mundo caótico e apocalíptico de Mad Max Fury Road. E gostei demais, como gostei. Simplesmente participei, digo isso porque entrei naquele mundinho, de um excelente filme de ação. E digo mais, um filme que estabeleceu um marco definitivo para os filmes futuros nessa categoria. Que venha cada vez mais.
Antes de adentrar as terras insólitas dos desertos de MadMax em busca de combustível tive de assistir o primeiro novamente. Não lembrava de muita coisa. Recordava um pouco do terceiro: da Tina Turner, da cúpula, da energia produzida através das fezes dos porcos, e daquelas crianças chatas. Sinceramente, nem lembrava muito bem do enredo. Buscando satisfazer essa minha necessidade, zapiei freneticamente pelos canais de televisão e não achei nada, estranho. Corri para a Netflix e nada. Não entendia o porque da não repercussão do primeiro filme nas principais emissoras, que costumam repetir massivamente em seus horários as versões antigas dos filmes que estão no cinema. Essa é a fórmula…
Não entendi até revisitar o “mundinho” do primeiro filme…
O MadMax de 1979 é uma “porralouquice” só, uma escrotidão sem fim, além de lançar Mel Gibson ao estrelato. Isso me surpreendeu, não esperava tanta loucura. Uma produção australiana totalmente underground de 400 mil dólares que resultou em uma receita um pouco maior que 100 milhões. Os diálogos espaçados, ás vezes sem nexo algum, são preenchidos por excelentes cenas de ação. Se é um pouco difícil de assistir talvez seja mais difícil ainda de compreender. E pra fechar, é um filme que acaba de repente. Aviso desde já que você precisa estar numa pegada bem cult para comprar a ideia. Talvez seja por isso que as emissoras jogaram esse sucesso no ostracismo. Pior para elas, e pior ainda para as gerações mais novas que perderam esse clássico.
A história se passa em um futuro não muito distante em uma sociedade decadente, porém não apocalíptica ainda, dominada por facções criminosas. O anti-herói, ou seja lá qualquer que seja a denominação que você queira dar, é representado pelo jovem Mel Gibson, Max. Um policial responsável por perseguir vagabundos nas estradas – mais ou menos isso. O interceptor em pessoa. O enredo de Mad Max se transforma no decorrer do tempo. Deixa a ação um pouco de lado para virar um suspense, até mesmo um filme de férias em família, e depois a ação retorna de novamente de maneira frenética. E para o nosso bom gosto, são várias as perseguições de carro.
Um filme testosterona – para homens – como qualificou minha querida esposa. Será mesmo? Até que ponto aquele mundo caótico seria um espaço frequentado somente por homens?
A resposta é simples. Até o lançamento de MadMax Fury Road…
Instaurou-se uma paradoxo. Um filme, até então, feito para homens cuja personagem principal é uma mulher. Como assim?
A protagonista dessa nova trama é a fantástica Imperatriz Furiosa, e digo central porque toda a trama passa por ela, tudo converge para sua figura. Max é apenas uma testemunha dos eventos que ocorrem naquele mundo.
Deixa eu ver se consigo explicar melhor.
Desde o começo da franquia não há uma trama principal, não há um fio condutor, não há um pano de fundo – pelo menos é isso que eu suspeito. A personagem principal é o mundo e os eventos que ocorrem ali são testemunhados por Mad Max. Bom, alguém precisa ser testemunha para algo existir.
Max é o espectador, o testemunha, desse universo tão fantástico recheado de personagens mais fantásticos ainda. Pensa bem, o cidadão sempre está de passagem e nunca quer estar envolvido, mas sempre se envolve nos eventos. Com exceção do MadMax 3 em que o personagem realmente é o fodástico e domina todas as cenas, mas o terceiro filme é bem diferente dos demais, foge da fórmula. Em Fury Road o querido Max é uma testemunha, não que isso seja algo negativo, da empreitada de Furiosa.
O filme foge do tradicional machismo no sentido em que Mad Max tem menos tempo de tela que a Imperatriz, que é bem mais importante na trama que o protagonista da franquia. Aliás, é uma personagem extremamente forte, não no sentido físico. E as mulheres que aparecem são de fato importantes – a película não apela em nenhum momento para a “panicatização” do gênero feminino -, e fogem do estereótipo machista. Isso é bacana demais. Só lamento pelas pessoas que se incomodaram com isso.
Bom, talvez esse seja o início de uma nova era de filmes de ação. Talvez não, só o tempo dirá. Mas até lá me contento em revisitar esse mundo fantástico novamente. Se o mundo tiver que acabar, que acabe no melhor estilo Mad Max, e estou pronto para me converter e venerar o poderoso V8…
Este foi mais um post do Sr. Marido que escreveu e saiu correndo zerar Mortal Kombat X…
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Abraços, bjsss, e um aperto de mão…
Mariane
Em 03.06.2015