A “magia” do Natal

9 dezembro 2014 Falando de (in)utilidades
Fala amigos e amigas do Donna Rita …
Eu, Mister Marido, estou aqui mais uma vez agora para montar minha banca de historiador meia bóki e para dividir com vocês os meus conhecimentos pífios.
E como estamos na época mais feliz e maravilhosa do ano, decidi escrever sobre o Natal. Suas origens e seus mistérios…
HOHOHOHOHOHOHOOHO !!!
Então, vamos pra bagaça !!!!

O Natal foi oficializado como uma celebração cristã em 354 D.C. pelo Papa Libério. Mas, sabemos que os mais distintos povos da antiguidade celebravam o final do ano com um ritual de passagem. Difícil é precisar qual foi o povo que inventou essa moda. Uma grande variedade de povos pagãos celebravam nas mais diversas partes do planeta. Essas celebrações marcavam o início do inverno – lembrando que o final de ano europeu é marcado pelo inverno, o oposto do que ocorre por aqui, nas terras tupiniquins – e o início do próximo ano.
Era um ritual mais ligado a renovação e fertilidade. Por isso, esses povos agricultores tinham uma árvore, mais precisamente um pinheiro, para simbolizar o pedido de fertilidade. Inclusive a data de 25 de dezembro, em Roma, era utilizada para celebrar o nascimento do Deus Sol, conhecido como Natalis Solis Invcti O nascimento do Sol invencível
A única certeza que podemos ter é que o Natal não foi inventado pelos cristãos, eles se “apossaram” dessa celebração.
Depois da oficialização do cristianismo no século IV esses rituais pagãos ganharam uma skin – uma capa – de celebração cristã para aumentar o número de adeptos dessa nova religião. Um tremendo golpe de marketing muito bem bolado. E qual a figura mais importante do cristianismo para ressaltar durante essa fase de renovação, senão Cristo? 
Moral da história: antes do nascimento de Cristo, ou seja antes do cristianismo, diversas civilizações já celebravam esse período específico do ano. Mas, ainda faltava alguma coisa para deixar o Natal mais interessante. Tudo bem que Cristo sempre representou a bondade e a boa fé entre os homens, mas ele é uma divindade. A Igreja Católica decidiu que precisava de uma figura mais humana para representar o ideal de pureza e bondade do ser humano. Mais tarde criaram uma figura baseada em um bispo que viveu no século III e, segundo a lenda, distribuía presentes para as famílias mais carentes. Ele não tinha nenhuma rena, era alemão, e por isso um exímio degustador de cervejas, e trajava-se de verde ou marrom. Era o bispo Nicolau, mais tarde conhecido como Papai Noel, Santa Claus, ou Pai Natal como diriam os portugueses. 
O circo estava armado: tinham a celebração de renovação ligada ao nascimento de Cristo, a representação da bondade através da figura de Nicolau, tinham até o pinheiro morto no centro das casas, e ainda de quebra, convertiam os pagãos ao cristianismo. Genial!!!
Mas o grande trunfo veio séculos depois… 
Em 1931 aconteceu o grande soco no rim, a grande voadora nas costas… 
Um grupo de publicitários se reuniu e customizou a roupa do Papai Noel, dando a ela as cores do tradicional refrigerante de Cola: vermelho, preto e branco. O marketing foi tão perfeito que o Noel cafeinado acabou por tomar o lugar do brejeiro São Nicolau em nosso imaginário. 
Ou seja, para muitos de nós o simpático Sr. Noel sempre trajou suas vestes vermelhinhas, quando na verdade, no século III nem existia refrigerante. Desde então em nosso inconsciente o bom velhinho sempre é ligado à imagem de um refrigerante pretinho e viciante bem gelado e a valores positivos como paz, liberdade e gordices… 
Isso foi um golpe de marketing de respeito.
O investimento em propaganda foi tão grande e tão bem executado que massificou a figura do bom velhinho em outras culturas também consumidoras do produto. São Nicolau deixou de ser um símbolo Cristão verdinho e passou a ser um símbolo do capitalismo internacional, assim como o Natal, que passou a ser também uma data de consumo com uma capa de celebração Universal.
Em suma, o Natal deixou de ser uma celebração de um povo específico, ganhou status de celebração mundial… Um rito de passagem de final de ano. 
Então, meus queridos amigos, acreditando ou não no bom e velho Noel, atribuindo a ele um caráter mágico ou capitalista, independente de sua orientação política e da sua fé (ou no caso da falta dela também), aproveite para estar mais próximo aos seus entes queridos no Natal, já que todos parecem ser mais tolerantes quando o final do ano se aproxima. 
Celebre e aproveite a oportunidade de ser um ser humano melhor. 
Aliás, tente ser um ser humano melhor mais vezes durante o ano, isso seria bacana. 
Fica a dica… 
HOHOHOHOHOHOHOHOHOHO !!!!
E fica também um desejo de bom natal e próspero ano novo a todos que acompanham, ou não, o Donna Rita!
Esse foi mais um post do Maridão que escreveu e saiu correndo para tomar um dollynho bem geladinho! rsrsrsrrs

5 Comentários

  • Sr. Marido,

    Sensacional seu texto, seu humor e a esposa que pegou para si !

  • Obrigadão ….. Nós agradecemos o apoio e o carinho

  • Deu pra perceber que foi o Sr. Marido que respondeu né? kkkkkkk Obrigada Raquelzinha! (mas eu não peguei o texto, ele que o doou de bom grado…)

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