“…Existe uma teoria que diz que, se algum dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e porque ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável…
…Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu…”
Douglas Adams, O restaurante no fim do universo…
Poucas obras atraíram minha atenção tanto quanto o “Guia do Mochileiro das Galáxias”. Para ser sincero, não consigo me lembrar de nenhuma que tenha causado tamanho fascínio. Acredito que o segredo deve estar no casamento entre a ficção científica e o humor “no sense” no estilo Monty Phyton. E todas quelas passagens com diálogos surreais.
Como já deixei bem claro antes, me defino como um profissional na arte da “piriguetagem literária”, ou seja, sempre me envolvo em um novo romance com um livro. Perco encanto por alguns autores quando encontro algo novo que me agrada. Mas, isso não se encaixa nesse caso. De tempos em tempos eu retorno ao bom o velho “Douglas Adams” para me surpreender novamente com suas obras. É um fenômeno meio Chaves: sei o que vem pela frente, mas mesmo assim consigo dar umas boas risadas da mesma coisa.
E nessa Bienal fui fisgado novamente…
Tudo foi perfeito, do início ao fim. Depois de uma conversa, eu e Donna Rita, decidimos que nesse ano iriamos durante a semana – não que eu não tenha gostado de ter ido no sábado em edições anteriores, mas eu não sou muito favorável a ambientes bitolados de pessoas -, e foi o primeiro acerto. Foi possível andar tranquilamente, ver tudo o que devia e merecia ser visto, fizemos nossas comprinhas, e curtimos um ótimo passeio. Não pegamos transito engarrafado e nem fila para o banheiro. Tudo fantástico.
Foi então que entramos no “pequeno” estande da Saraiva…
Ali já comecei a paquerar uma edição em volume único contendo os cinco livros da trilogia “Guia da Mochileiro das Galáxias”. Dei uma conferida com carinho, porém decidi andar por outros estandes a procura de um preço mais acessível. Sabe como é, final de mês é algo complicado, ainda mais com o meu salário fecal.
Em meu rolê literário dei de encontro com algo que minha querida esposa já havia me alertado. No estande da “Arqueiro” encontrei com aquela que seria minha nova paixão. Eram os dois livros da série “Dirk Gently”. A premissa me parecia bem interessante:
“…O que têm em comum um gato desaparecido, um prodígio da informática, o poeta Samuel Taylor Coleridge, física quântica, um cronologista de mais de 200 anos e um monge eletrônico que acredita que o mundo é rosa?…”
O livro tem um ar de histórias clássicas de detetive com a premissa mais absurda que já vi. “Dirk Gently” é o responsável por fazer a fazer a conexão entre todos esses elementos ao investigar um assassinato. Nas primeiras páginas já comprei a ideia e não consigo parar de ler até achar a solução do mistério. Algo parecido foi o que senti até descobrir a resposta definitiva para todas as coisas – que é 42, diga-se de passagem.
E na compulsão, no calor do momento, comprei o segundo livro da série também. Aproveitei, tava bem baratinho. Aliás, alguns estandes tinham os preços mais baixos do que os valores encontrados na internet. HAHAHAHA !!
Bem… Acho que terei bastante material para leitura, durante um bom tempo. Essa foi uma das grandes histórias da Bienal 2016. Espero poder trazer mais algumas boas para contar por aqui depois
E você?
Aproveite e conte a sua história também…
Profano Feminino
Em 31.08.2016