Era uma sexta feira chuvosa quando pensei em Pedro Ernesto pela primeira vez. Ele não era muito bem um lanceiro na época, e nem sequer se chamava Pedro Ernesto e a história nem se passava na Idade Média. No entanto, foi nessa sexta feira chuvosa que senti vontade de escrever alguma coisa, contar uma história que tinha em minha cabeça. Mas padeci de um mal que me ocorreu por diversas vezes mais a frente.
Eu simplesmente parei de escrever por achar que a qualidade da obra estava muito baixa.
Só voltei minha atenção para Pedro Ernesto anos mais tarde, durante a faculdade de História. Me apaixonei pelo medievalismo e juntei aos anos de experiência jogando Dungeons and Dragons, resolvi escrever novamente. Pedro Ernesto já era um lanceiro, mas ainda não tinha essa alcunha. Era um cruzado puritano que se orgulhava de sua virgindade e a usava para combater os infiéis. Mas ai eu percebi que tinha uma pegada muito séria que tornava a obra ridícula de fato.
Abandonei o projeto.
Anos mais tarde, durante a pandemia, fazia um curso de Pixel Art quando resolvi desenhar um lanceiro e um gato. Nessa época ele finalmente passou a se chamar Pedro Ernesto, e depois o mundo passou a ser criado ao seu redor. Tirei o tom sério da obra e achei melhor dar um tom de galhofa, uma sátira. E pela primeira vez eu de fato gostei do que tinha escrito. Digo isso porque costumo a ser muito crítico ao que eu faço. Mas naquele momento eu estava feliz com o que tinha feito. Estava feliz com Ernesto.
Primeira versão de Pedro Ernesto
E com Pedro Ernesto surgiu o Mago Cláudio, Guimba e tantos outros. E no desenvolvimento daqueles pobres personagens surgiu a história do reino das Quatro Casas. E o mundo foi ficando cada vez mais completo, e eu ficava cada vez mais feliz. No entanto, como todo história de fantasia medieval que se preze, havia a necessidade de criar inimigos, um grande perigo. Foi nesse momento que surgiram os definhados em sua eterna busca por miolos.
Miolos…
Terminei de escrever o livro e lancei o ebook. Tive uma devolutiva bem interessante de quem leu. O próximo passo era fazer a edição física, mas o desafio era mais difícil do que pelejar contra os definhados, ou subir a torre dos desesperados. O grande desafio agora era a publicação, e o custo de publicar em uma editora ficava na casa dos quase 7 mil reais.
Simplesmente não deu.
O Ateliê Donna Rita ofereceu os seus serviços de impressão e encadernação para a confecção dos livros. Achei a ideia maravilhosa. Pedro Ernesto seria agora fruto não só do trabalho intelectual, mas também da riqueza do trabalho artesanal, tornando-o um produto completo.
Mas ainda faltavam as pecúnias.
Inspirado na audácia do camponês Guimba e pela falta de noção do mago Cláudio, corri atrás dos finaciamentos coletivos. O Catarse surgiu como uma saída para esse grande problema. O financiamento coletivo proporcionaria a quantidade exata de livros a ser impressa e o dinheiro necessário para a produção. Finalmente havia achado o caminho. Fiquei feliz demais com os livros finalizados.
Versão impressa padrão
Versão de luxo
Ambas versões
E finalmente lanço a campanha de “Pedro Ernesto e a torre dos desesperados” no Catarse. Ficaria muito feliz com a colaboração e apoio de todos. Faça parte desse projeto maravilhoso e ajude a concretização do Ernestoverso.
Legal. Mas afinal de contas, do se trata o livro?
“Pedro Ernesto e a Torre dos Desesperados” é uma aventura medieval que vai te levar para um mundo de guerreiros, feiticeiros, criaturas bizarras e muito humor. Acompanhe Pedro Ernesto, um lanceiro bigodudo em busca de fama e glória, em uma jornada épica que o levará a enfrentar desafios inimagináveis e a questionar tudo o que ele acredita. Com um toque de absurdo e referências à cultura pop, este livro é uma leitura divertida e emocionante para todas as idades. Ao apoiar este projeto, você estará ajudando a levar esta história incrível para o mundo e a descobrir o que acontece quando Pedro Ernesto e seu grupo de marginalizados se unem para enfrentar o mal.
Gostou do que leu? Vai lá, dá uma passadinha no Catarse. Confira todos os detalhes da campanha, não custa nada bisbilhotar. Se for de seu interesse, adquira uma cópia e seja feliz e não esqueça de espalhar a palavra de Pedro Ernesto para os demais coleguinhas. Desde já agradeço.
Um abraço, um bjo e um queijo.