Temos muitos sonhos, fato.
Outro fato é que com o passar do tempo, muitos desses sonhos ficam apenas no nosso imaginário, não vão nem para o papel de tão desanimadas que ficamos, principalmente quando esse sonho envolve uma considerável quantia em dinheiro. Tendemos a olhar sempre para o resultado e não para o processo. Nos amedrontamos antes mesmo de dar o primeiro passo para sair de onde estamos para chegar aonde queremos e ignoramos que podemos dividir grandes objetivos em partes menores e ir conquistando-as aos poucos. Sim é possível!
Mas como disse no post anterior, não é fácil…
Temos muitos sonhos, fato. Mas desperdiçar nossa energia e foco tentando conquistá-los todos de uma vez não parece uma coisa muito produtiva. Escolher apenas um objetivo, aquele que traga mais impacto, que vá fazer realmente diferença na sua jornada e que esteja ligado com seu propósito de vida (planejamento e organização são jornadas de autoconhecimento, anota aí) pode te dar o combustível para se comprometer verdadeiramente e finalmente tirar suas ideias do papel.
E sim, escolher apenas um objetivo para perseguir terá renúncias e perdas envolvidas no processo e isso precisa ser analisado e levado em conta. Por isso, avaliar aquilo que é realmente importante para você é parte fundamental desse processo (já falei de autoconhecimento?)
Como o foco destes textos são a minha (a nossa) vida financeira, o autoconhecimento por ora, vai ficar por esta área, não vou me aprofundar na questão. Mas tenha em mente que qualquer aprendizado e mudança que queremos implementar em nossa vida vem da mudança dos nossos hábitos, vem daquilo que efetivamente fazemos e não daquilo que deixamos de fazer – fica a dica.
Antes de olhar com mais carinho e cuidado para onde eu quero ir e o que eu necessitava mudar, precisei saber com muita clareza onde eu estava para começar a traçar meu “mapa”. Para que você também possa fazer isso será preciso descobrir/ se conscientizar de: (1) o quanto ganha, (2) o quanto gasta e (3) o quanto investe.
“Hora de sair correndo e deixar tudo como está! Vai dar muito trabalho!” pensei no primeiro minuto, mas depois respirei fundo e com papel e caneta na mão comecei a anotar tudo, principalmente meus gastos – pois saber o que entra é um pouco mais fácil, agora saber pra onde vai, exige um pouco mais de atenção. Separei os gastos fixos primeiro – aqueles que tenho todo mês – pois subtraindo o valor que encontrei das minhas receitas – o dinheiro que entra por mês – sei o quanto eu tenho para os gastos variáveis do mês. Anotei os gastos em dinheiro ou débito e os gastos feitos com o cartão de crédito, assim no final do mês eu conseguirei saber se estou gastando o que tenho de verdade ou se estou torrando a bufunfa que ainda nem entrou.
Eu optei por fazer essas anotações manualmente em um caderno próprio, porque acredito que a escrita me deixa mais consciente sobre aquilo que estou escrevendo e, neste caso, me deixaria mais consciente sobre com o que torro meu rico e suado dinheirinho, mas vale usar planilhas no Excel ou algum aplicativo no seu celular.
Por um acaso da vida, depois de uns tropeções que me ensinaram a olhar com mais cuidado por onde eu ando, eu já tinha uma graninha guardada. Mas veja bem, dinheiro guardado é diferente de dinheiro investido e eu só aprendi isso agora, depois de trinta e tantos anos de vida… Pode ser que quando você termine de mapear sua situação descubra que não está tão ruim assim, que só precisa de um olhar mais atento para o caminho, mas também pode ser que você descubra que está rumando rapidamente para um poço profundo e escuro e que é preciso recalcular sua rota.
Pronto, mapeamento inicial realizado! Com ele meu (nosso) ponto de partida ficou bem mais claro.
Próximo passo: colocar os sonhos no papel, escolher o objetivo mais impactante e começar a traçar um plano. Assunto para o próximo post.
Te espero!
Este é o segundo de uma série de 5 textos sobre a minha educação financeira e como venho me organizando para fazer meu dinheiro me ajudar a alcançar as minhas metas de vida. Em breve compartilho com você as fontes que estou utilizando para estudar. Para ler o primeiro texto, clique aqui.