Acho incrível os detalhes dos traços. Pelo fato de não ter cor parece que se acentuam mais né?! Bem bacana!
Eles sempre estiveram entre nós…
Queridos e queridas… Senta que hoje é dia de “graphic novels” aqui no ateliê. E para tornar tudo mais interessante, hoje é dia de falar de zumbis.
Os zumbis existem e alguns de seus ataques foram registrados no decorrer da história. Se isso é verdade eu não sei, mas esse é o excelente”plot” da graphic novel “O guia de sobrevivência a zumbis, Ataques registrados” de Max Brooks, também conhecido pelo seu trabalho no best seller “Guerra Mundial Z”.
O enredo estabelece a ideia de que os mortos vivos sempre existiram, e que desde os primórdios tentam devorar os nossos preciosos cérebros. A primeira passagem retrata o que foi o primeiro contato entre humanos e mortos vivos cerca de 60.000 a.c. em Katanda, África Central. Nessa passagem uma tribo de homo sapiens se deparou com uma horda zumbi pré-histórica. Eu, particularmente, achei capítulo muito interessante, uma vez que foge do “lugar comum ” que seria as obras que abordam o apocalipse zumbi.
Outras duas passagens interessantes estão no final do encadernado. Em um domínio japonês, durante a Segunda Guerra, os japoneses fizeram experimentos envolvendo zumbis, que ficou conhecida como “Operação Botão de Cereja”. O livro não dá muitos detalhes acerca do nome, mas isso não importa muito. Os mortos vivos seriam utilizados como uma unidade para ataques durante o confronto, mas não deu muito certo.
Teve também uma irmandade ninja do século XVII responsável por aniquilar a ameaça zumbi…
Já em 1960, a “Operação Botão de Cereja” caiu agora nas mão dos soviéticos que também tentam fazer uso dos zumbis em seus pelotões. Aqui o cenário difere um pouco, pois retrata a sobrevivência do soldados russos ao levante morto vivo.
Max Brooks utilizou diversas outras passagens da história para enriquecer seu enredo. Praticamente toda grande civilização humana, em uma hora ou outra, se viu obrigada a enfrentar problemas relacionados a mortos vivos. E como um bom guia de sobrevivência, a graphic novel traz também a maneira como essas civilizações combateram a escória zumbi.
Já não bastasse isso, a arte fica por conta do brazuca “Ibraim Roberson”, ligado a grandes empresas americanas de história em quadrinhos e trabalhou inclusive em alguns títulos dos X-Men.
“O guia de sobrevivência a zumbis” é uma boa dica de leitura para os amantes de uma boa graphic novel, e que possuem interesse em obras com a temática de zumbis. Mas nem tudo é prefeito, eu trocaria algumas passagens históricas do livro por outras bem mais interessantes, como por exemplo “Revolução Francesa”, “Brasil Colonial”, “Guerra Civil Espanhola”… No mais, é tudo muito bom, o enredo a arte. A obra foi muito feliz na sua proposta, fazer algo diferente dentro de um tema já muito batido.
Leia, divirta-se e seja lindo e feliz…
Ficha técnica:
Unknown
Em 23.08.2016