Rita já quero esse livro. Entendo perfeitamente seu post, meu lado político está chegando em uma fase que não aguenta mais ficar calada. Não defendo o lado esquerdo ou direto, eu tento entender o lado mais massacrado dessa história toda, o lado mais fraco, frágil que procura seu trabalho honesto é viver em paz. É difícil entender, depois de tanto tempo o que o holocausto pretendia realmente. Acabar com todas as pessoas que não eram de sangue "azul"? Acho esse argumento muito fraco pra tanta maldade, tanto horror que essas pessoas fizeram. Pois bem história mudou, hoje em dia não precisa ser torturado tirando partes do corpo, precisa ser torturado por governantes que querem muito sem fazer nada. Desculpa meu desabafo enorme, é que quando vejo alguém com as mesmas idéias que as minhas fico louca pra compartilhar os pensamentos tbm rsrsrs. Beijos
Vivemos em tempos estranhos, tempos de ódio. Falamos em democracia, mas temos certa dificuldade em aceitar opiniões diferentes. Vivemos a “futebolização” da política onde muitos se tornaram membros de torcidas organizadas, verdadeiros Hooligans. Nos agredimos verbalmente e fisicamente por causa de cores de camisas (lembrando que um partido não é dono da cor “vermelha” e que trajar “verde e amarelo” não significa estar necessariamente ao lado daqueles que querem o melhor para o Brasil…) Fiquei muito tempo quieto, me ausentando de grandes discussões, mas não aguento mais. A minha natureza política, da qual me orgulho muito, me obrigou a sair das sombras e a me posicionar nesse cenário tão instável, nesse Brasil tão delicado. Meu maior medo não vem da esquerda e nem da direita, lembrando que ambas fazem parte do processo natural da Democracia e esta exige rotatividade, revezamento entre os partidos políticos, desde que dentro da lei, dentro dos limites estabelecidos. O meu maior medo vem daquilo que considero mais baixo e nojento dentro da humanidade, ou seja, dentro de nós… O monstro fascista surge cada vez mais forte, e não sei em qual esquina ele pode me pegar.
Uma das passagens mais tristes, um ser humano reduzido a nada… |
E mesmo com o autor utilizando imagens de bichinhos o clima do quadrinho é extremamente tenso. O que me faz pensar que se utilizasse figuras humanas o leitor tivesse vontade de se matar ao final da leitura. É tenso, é triste, assim como o holocausto. Assim como é triste a história da humanidade.
Judeus foram representados como ratos acuados pelos gatos nazistas, não preciso explicar essa metáfora. Poloneses não judeus foram retratados como porcos, acredito pelo fato de terem sido retalhados pelos vários lados durante o conflito. Polônia sempre esteve na mira de alemães e soviéticos. Americanos retratados como cães até pela “rivalidade natural” entre cães e gatos.
“O monstro fascista é parecido com o Amnut do panteão egípcio, devora aos poucos as almas daqueles que carregam um certo sentimento de culpa.”
Repito: leiam MAUS, vale a pena.
Hitler não inventou e nem era o única nazista na Alemanha. Ele foi cercado por pessoas “de bem” que disseram sim ou simplesmente se omitiram…
Ficha técnica:
JCR
Em 21.04.2016