Ainda não consegui iniciar a leitura desse livro. Mas está na minha lista de desejados e espero iniciar a leitura em breve <3
Lançado em 1995, e escrito por Michael Crichton, o livro Jurassic Park: O mundo Perdido se passa seis anos após os acontecimentos da Ilha Nublar. Acontecimentos esses (que selaram o destino do Jurassic Park) que mais tarde se transformariam em um excelentíssimo filme nas mãos lendárias de Steven Spielberg.
Um filme sobre dinossauros é justificável pelos efeitos especiais, ainda mais quando eles revolucionam o cinema. Mas porque ler um livro sobre dinossauros? Ainda mais quando não se tem muitas ilustrações?
O livro é uma viagem pelo fantástico mundo da genética. São utilizados termos técnicos sim – o que poderia afastar um leigo, ou causar horrores a qualquer um que não tenha muita paciência -, mas é tudo elaborado de maneira diferenciada. Alguns personagens leigos são introduzidos em conversas justamente para representar o leitor. Aí as teorias são explicadas de maneira mais didática.
E tem muito dinossauro, pra todo canto e para todo gosto. Isso é muito bom, afinal quem não gosta de dinossauros?
Chega de conversa mole e vamos diretamente para o enredo dessa obra prima.
Uma expedição é organizada para a Ilha Sorna. A ilha é nada mais nada menos do que uma central de produção de dinossauros em série. A parte glamurosa, aberta a visitação (o Jurassic Park) era localizada na Ilha Nublar, mantendo o público afastado do que realmente acontecia. Faz sentido uma vez que John Hammond estava procurando a aprovação dos investidores, tudo tinha de ser um espetáculo perfeito, sem margens para erro. Já em Sorna estava localizado, o canteiro, o trabalho ‘sujo’ da Ingen.
O paleontólogo Richard Levine, desconfiado dos incidentes da ilha Nublar e da existência de dinossauros, decidiu formar uma expedição para explorar a nova ilha misteriosa e estudar o comportamento dos nossos queridos amigos jurássicos. Impulsivo, acabou indo na frente e desaparecendo deixando aí um mistério a ser desvendado. O restante da equipe que partiu em uma missão de resgate é liderada pelo veterano Ian Malcolm, o mesmo matemático defensor da teoria do caos, presente no incidente do parque. Dois personagens desse grupo são realmente muito bons: o próprio Ian Malcolm e Sarah Harding.
O forte do Dr Malcolm não é ação, e nem muito menos a sedução (aposto que todos devem lembrar bem do Dr fazendo uma pose sexy no primeiro filme da série. O personagem desempenha aqui mais uma vez o papel de filósofo. A suas participações sempre trazem um momento de reflexão acerca de teorias como a da evolução, a teoria da rainha vermelha, ou até mesmo a da extinção. A teoria da extinção é o elemento que despertou o interesse do Dr Malcolm em ir até a Ilha Sorna. Sua participação é brilhante e as melhores passagens são protagonizadas por ele.
Sara Harding é outro personagem de muita profundidade no livro. Especialista no comportamento de grandes predadores, Sarah integra a equipe á pedido do matemático. O livro deixa a entender que existe algo de romântico no passado dos dois, mas, pelo bem do livro, o autor optou por não abordar o aspecto amoroso. Sarah Harding acaba sendo a protagonista das cenas de ação, uma líder sempre tomando a frente na resolução de problemas, e guiando o grupo pelo caminho mais seguro. Uma personagem totalmente relevante, o que não é muito comum no mundo da ficção científica em se tratando de uma personagem feminina.
No decorrer do livro, outro grupo de pesquisadores é apresentado. Uma outra expedição organizada pela empresa Byosin – concorrente da Ingen – com objetivo de roubar ovos de animais que ainda habitam a ilha. Equipe formado do Dodgson. O mesmo Dodgson que aparece no primeiro livro e filme subornando um funcionário do parque para conseguir embriões dos dinossauros.
O livro é muito bem escrito. Tem uma harmonia, um equilíbrio entre a filosofia, a contemplação e as cenas de ação muito bem feitas. Como por exemplo a parte final em que o livro não lhe deixa estar em paz até que você tenha acompanhado o desfecho da história.
E para finalizar, a arte que a Editora Aleph traz para a edição do livro é algo espetacular. Diagramação de alta qualidade, mapa da ilha, desenhos de dinossauros. Tudo feito com muito capricho, riqueza de detalhes.
Esforços não foram poupados para fazer a experiência de ler O mundo Perdido ser algo maravilhoso.
Sem dúvidas, um dos melhores livros de ficção científica que tenho aqui na minha humilde estante de livros.
Ficha técnica:
Origem: NACIONAL
Editora: EDITORA ALEPH
Edição: 1
Ano de Edição: 2017
Assunto: Literatura Internacional – Ficção Cientifica
Idioma: PORTUGUÊS
Ano: 2016
País de Produção: BRASIL
Encadernação: BROCHURA
Altura: 23,00 cm
Largura: 16,00 cm
Comprimento: 2,50 cm
Peso: 0,60 kg
Nº de Páginas: 488
Clayci
Em 25.02.2019