Conversa de café: Asimov e sua ficção científica

11 abril 2016 Falando de Livros


Queridos amigos e amigas… 

Estou aqui novamente em mais uma conversa de café para bater mais um papo cabeça. Um papo sobre ficção científica. Sobre Asimov, mais precisamente.  Decidi manifestar a minha estima por esse autor que tanto contribuiu para com a literatura. Esse simpático senhor de quem sempre ouvi falar e cujas obras ainda conheço muito pouco, porém, pelo pouco que já li me apaixonei muito. 
Um dos maiores, senão o maior nome da ficção científica do século XX. 
Mas afinal de contas, por que ele é tão importante assim? Lá vamos nós.
O nosso querido e simpático bioquímico nasceu na Rússia em 1920, e mais tarde naturalizou-se americano. Além das belas costeletas, a grande proeza desse cidadão não foi atravessar a cortina de ferro ileso, mas sim escrever mais de 500 obras literárias e 90 mil cartas. Esse sim é uma espécie de fanático compulsivo pela pela arte da escrita. Ainda bem.
A carreira desse visionário ainda se caracterizou por fazer algumas previsões em suas obras. Muito do que ele descreveu acabou se tornando uma realidade tempos depois, e muita coisa ainda está por vir. Acredite, é só dar uma passadinha de olhos no “Eu, Robô”. Mais uma grande obra pela qual nosso querido amigo Will Smith fez o desfavor de estrelar. Esqueça o filme, ele foi “levemente” inspirado na obra. Bem de leve, tão leve que não existe quase nada do livro no filme. Mas, essa conversa fica para outro dia.
Vamos aqui a alguns exemplos de “previsões”:
* Muito tempo antes da existência da Internet, como conhecemos hoje, ele foi capaz de prever uma rede de compartilhamento de informações em suas obras. E o que um dia foi considerado ficção, ou até mesmo loucura, hoje não passa de uma realidade. Só basta dar uma olhada nessas Wikipedias da vida. 
* Refeições semi prontas, porções individuais que você prepara em aparelhos domésticos. Quando fiquei sabendo disso acreditei que ele estivesse se referindo ao microondas e as comidas semi prontas, ou congeladas, ou seja lá o que for. Realmente o processo de preparação da comida ficou mais fácil, mas tomara que ela seja uma pouco mais saudável no futuro.
* Asimov falou que em 2014 viveríamos em um mundo praticamente conectado por computadores, e que as comunicações se dariam com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Exceto se sua conexão for da vivo, nesse caso você está realmente fudido perdido.
* Aparelhos capazes de traduzir os mais diversos idiomas. Bem, o Google Tradutor faz muito bem isso nos dias de hoje. Chega até ser engraçado.
* A projeção de filmes em 3D. Ele só não previu que poucos valeriam a pena ser assistidos. 
* Isaac Asimov descreveu em suas obras a famosa “carne falsa”, que seria exatamente como são hoje os alimentos feitos com base de soja. Ele até falou do gosto duvidoso e da difícil aceitação por parte do grande público. Acertou na mosca.
* Em suas obras é possível evidenciar também a presença de tablets, a que ele se refere como aparelhos utilizados não somente como forma de enxergar outras pessoas, mas também para a leitura de documentos. Os celulares também fazem muito bem esse papel. 
* Ainda estamos engatinhando no que se refere a educação à distância, mas Asimov já havia afirmado isso em suas obras. As escolas estão cada vez mais obsoletas, e as atuais formas de ensino hoje fazem muito pouco sentido. Para se ter uma ideia, esse modelo de ensino em que o aluno permanece preso em um edifício data do período medieval. Está na hora de alguma coisa ser feita.

Esses foram alguns fatos citados em suas obras que se tornaram realidade, ou algo muito próximo a isso. Tudo bem que essas previsões não são nenhuma exclusividade de Asimov, a ficção científica tem muito disso. Alguns avanços são até mesmo realizados com base nas grandes obras . Não é nada anormal, muito pelo contrário, isso é muito comum. O que não retira todo seu mérito.
Se você se interessou pelas previsões é só dar uma olhadinha no ensaio que ele produziu em 1964 sobre como seria o mundo em 2014. Ou, se for de seu interesse dê uma olhadinha nesse link aqui da “oficinadanet.com.br”, ou dê uma clicadinha aqui no link do tecmundo…
Além de suas previsões e sua genialidade, Asimov ficou conhecido muito por seus trabalhos envolvendo robôs. Tudo bem que ele não foi o responsável por criar o tema, mas sim pela  sua popularização. Hoje em dia qualquer coisa que passe pela tema tem uma inspiração no universo criado pelo autor. Em sua obra “Eu, Robô”, um conjunto de contos mais tarde compilados, criou uma história para a evolução dos robôs e as famosas leis da robótica. Que na minha humilde opinião, devem ser aplicadas futuramente caso a nossa evolução encaminhe para isso. As leis se transformam no único instrumento para subjugar seres tão superiores. Essas leis ficaram bem populares, pelo menos para você que acompanhou o desenho do MegaMan da década de 90.
As leis consistem em:
Primeira Lei: Um robô não pode ferir um ser humano, ou por inação permitir que um ser humano sofra algum mal. 
Segunda Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto no caso em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei. 
Terceira Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
Obs* Mais tarde Asimov acrescentou a “Lei Zero”, acima de todas as outras: um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
Resumidamente: Qualquer coisa que venha a surgir no futuro no aspecto da robótica tem que necessariamente passar por Asimov. Acredito até na possibilidade de os grandes cientistas conhecerem muito de suas obras. 
Além das leis da robótica, “Eu, Robô” apresenta também um mundo dominado por corporações capitalistas, acredito que essa seja um “previsão” que já se consolidou há algum tempo. Nosso mundo é regulamentado pela vontade das grandes corporações capitalistas,  sejam elas de qualquer tipo. 
Bom, esses foram alguns traços da genialidade de Asimov. Alguns que me fizeram me apaixonar por ele.   Acabei deixando de fora a ” Fundação”,  pois ainda sei muito pouco sobre ela. Fica de assunto para a próxima. 
Espero que esse humilde post tenha aguçado a sua curiosidade acerca do tema… 
Bjos e abraços..  Até a próxima é cuidado com os robôs…