Eu não ia escrever esse post.
Às vezes mentira é sempre eu gosto de ser do contra só por ser e como o mundo está na onda dos livros de colorir para adultos eu ia me manter fora da crista da onda. Só que, no último final de semana, eu fui atrás de uma simples caixa de lápis de cor em algumas lojas de um shopping em São Paulo e para a minha surpresa, não consegui encontrar uma bendita caixinha da que eu queria!!!
Esse fato me fez mudar de ideia e sim, vou escrever sobre os livros de colorir para adultos e sobre a minha revolta em não achar uma caixa de lápis de cor decente na Kalunga! kkkkkkk
Não, eu não sou contra. Sim, eu tenho o Jardim Secreto e Floresta Encantada. Sim, eu acho super legal as pessoas estarem voltadas a atividades criativas e analógicas, diferentes das tantas que fazemos hoje em dia. Mas comecemos do começo.
Eu, como muitas outras pessoas, tive uma infância cheia de cores e desenhos, sempre envolta em livros de atividades infantis, como colorir, recortar, dobrar, colar peraí, tô falando da minha vida de hoje kkkkkk. Mas vamos crescendo e nos distanciando dessas atividades e mudando drasticamente nossos hábitos. Hoje em dia, com o advento dos dispositivos móveis de comunicação, munidos de internet e muitos aplicativos bacanudos, pintar era uma das últimas coisas que muitos de nós pensávamos.
No longínquo ano de 2012, na Bienal do Livro de São Paulo, o Sr. Marido, na época Sr. Noivo, comprou pra mim um livro de colorir do Gato de Botas. Fiquei tão feliz com o presente que me proporcionou algumas horinhas de atividade relaxante, mas era um livro para crianças, com traços simples e poucos detalhes.
Procurei o livro aqui na minha bagunça e não o encontrei… Não sei como eu sou capaz de perder um livro gigante como aquele…
Em 2014, nas minhas frequentes idas a Livraria Saraiva, eu encontrei em uma das prateleiras o
Livro Mandalas Mágicas. Achei extremamente inusitado, um livro cheio de mandalas em preto e branco para que fossem posteriormente coloridas. Me interessei, mas o preço não era convidativo e no momento, não cabia no meu pobre bolsinho, deixei passar…
e hoje está super em conta, dá pra achar por menos de 20 dinheiros!!!
Em janeiro deste ano, uma amiga mostrou o seu
Jardim Secreto em algumas fotos no Facebook e mesmo achando lindo, não me interessei muito pelo negócio. Alguns dias depois, mais uma vez na Saraiva, me deparo com uma prateleira cheia de “Jardins Secretos” e com um precinho amigo. Peguei o meu e a ideia inicial era presentear uma “amiga secreta”, mas ao folhear o livro e me deparar com desenhos tão detalhados me apaixonei. Resultado: a amiga ganhou outra coisa. O Sr. Marido, mais uma vez, arrasou no presente e me deu uma caixa de lápis de cor de 48 cores!!!
Gente, quem ama dá lápis de cor! kkkkkkkk Desde criança sonhei com uma caixa de lápis de cor com mais de 12 cores e precisei ter um marido para realizar o sonho! kkkkkkkk
Enfim, estava (e ainda estou) me divertindo muito com meus minutos de pintura livre e despreocupada, mas de uns dias para cá, o negócio virou uma febre. Talvez pela ideia “antiestresse” vendida junto com o livro e a sensação de estar no controle de uma atividade sejam os responsáveis por esse novo vício da galera.
Tudo parece bem até agora, mas há algo nisso tudo que me incomoda:
a obrigação de ter um livro de colorir e gostar de pintá-lo porque está na moda. E seguindo essa ideia, o mote antiestresse do livro pode não dar certo para todos. Com as constantes postagens nas redes sociais, principalmente no
Instagram,
das quais eu participo ativamente, das obras artísticas de milhares de ilustres desconhecidos, o livro pode acabar se tornando um desafio no lugar de lazer e trazer mais frustração do que relaxamento, principalmente se a beleza da pintura das outras pessoas pressionar você a fazer disso uma competição.
E agora, depois que todos nos rendemos às caixas de lápis de cor, começou a competição pelo melhor lápis de cor, pelo maior número de cores nas caixas, pelas Stabilos e Copics e Crayolas, incentivando um consumo desenfreado e desmedido, fazendo com que as prateleiras das livrarias e papelarias fiquem vazias… Pobres crianças que ficam sem seus lápis de cor.
Mais uma vez, eu não sou contra, muito pelo contrário, sou super a favor de que se façam atividades inspiradoras, criativas e artísticas. A favor que passemos mais tempos longe de nossos computadores, ipads, iphones e smartphones. A favor de relaxar, de ter horas de lazer, de dividir momentos bacanas com os amigos, conhecidos e desconhecidos nas redes sociais. Apenas sou contra do fazer por estar na moda, de comprar porque todo mundo tem, de pintar mais bonito do que fulana e antes do que cicrana. De fazer dívida no cartão de crédito pra pagar uma caixa de lápis de cor de 300 dinheiros só porque é melhor que a do beltrano… Bom, acho que já me fiz entender… rsrs.
E pra finalizar deixando claro que não sou contra e com a intenção de variar um pouco o gosto, saindo da flora da Escócia dos livros de Johanna Basford, segue uma lista com 15 opções de livros para colorir:
15 –
Suruba para colorir volume 1 e 2, Bebel Books (tirem as crianças da sala!!!)
E você, já pegou a febre dos livros de colorir? Conta aqui nos comentários que eu vou gostar de saber, e me segue lá no Instagram, assim posso ver suas obras de arte também!
Inté a próxima meu povo!
Beijitos
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Unknown
Em 27.04.2015